Para o Sábado de Aleluia
Do Silêncio
O segundo dia amanhece
Ouve-se apenas o calar das vozes.
A fúria deu lugar ao pensamento
Divagando pelo vazio da cruz...
Só entre às oliveiras!
O Jardim ainda em botão
Pergunta-se, se volta ao mundo
Indagando ao orvalho o porquê do vermelho.
Pelo chão onde passou o Messias das boas almas,
A brisa que vem do monte responde:
- Ele só queria salvar o Homem!
Agora tudo é silêncio pelas doze estações.
Estrofes que de uma forma ou de outra
Receberam a semente da face que só tinha
O olhar para ternura humana,
Para os que temiam a palavra do Eremita
Mor de todos os sentimentos!
Em algum lugar da escuridão
Corações solidários se engajaram em oração,
Aguardando que o amanhã renasça trazendo
No ovo a Profecia do terceiro dia.
A palavra que nunca será esquecida,
As mãos que afagaram com Amor!
Auber Fioravante Júnior
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