sábado, 7 de abril de 2012

Soneto à maneira do décimo-sétimo século

Dê-me tua mão , amiga, e ao meu todo
venha do campo ver as verdes lindes
-ainda mais lindas se por elas  vindes
e mais ainda se vindes ao meu lado

Ouçamos da floresta que os margeia
a brisa perpassar o chão florido
e num transporte breve o leve ar ido
nos leve em seu alento ao léu, à aleia.

Das sendas derivadas, e à deriva,
à Suma alcemos juntos, às alturas
de um Saber bom que eu sei, musa lasciva

Enquanto achas levo à labareda
e achas leve em teus quadris meu gesto
as Artes eu direi, de Amor, que enleva

As artes eu direi, de Amor, que enreda.

Jacques Mário Brand

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