sábado, 14 de abril de 2012

O que sinto não é o sopro da alma de mim fugindo


no silêncio exausto diante do rugido

da vida em seu devir de promessa irrealizada.

Faina de um Sisífo cego no hesitante ruminar

na fronteira de um primeiro caminhar

de pés feitos de ossos de sonhos em pó .Fertilizada

morgue de sóis exangues de chamas a alumiar

de sombras o fogo fantasma parindo

sobras cinzentas de amanheceres sonhados

morejando sal sob capotes celestes.



Wilson Roberto Nogueira

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