Era de madrugada quando fui acordado com aquele grito:
“Socooorrooooo!”. Era uma voz feminina, hesitei no primeiro momento, achando
que poderia ter sido apenas um pesadelo. Mas veio o segundo pedido:
“Socoooorrooo!”. Da maneira que dormia, levantei. Estava frio, a neblina não
permitia se ver um metro adiante. Armei-me com um cano de ferro e saí pela rua
em busca de socorrer aquele pedido. Novamente escutei, agora parecia mais
desesperador, talvez a voz banhada com lágrimas: “Socooorrooo!”. Quebrei o
silêncio da rua com pisadas firmes, os latidos dos cachorros acordaram a noite.
Luzes acendiam, mas logo se apagavam não me dando tempo de visualizar os os
gritos que afastava de mim. E assim os gritos foram se distanciando mais e
mais, até emudecerem na escuridão...
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