terça-feira, 23 de julho de 2013

INVOLUNTARIEDADES



Se todos os meus dias fossem meus
E eu pudesse ser somente eu
Meu coração seria teu
E quanto feliz seria
Bater apenas á alegria
Deste prazer enorme...

Meu coração não dorme
Abre a porta de mim à qualquer hora
Que resolves me adentrar
Entre um tempo e outro
Estou e estarei constante
Á te esperar, meu bem

Mas, existe o intervalo
Entre um tempo e outro, e são nestes
Que certas tristezas entram na minha casa
Oportunistas que são
Me invadem sem pedir licença
Pingam gotas de vinagre nos meus olhos

Amarram as minhas mãos, me invalidam
E no teu retorno, muitas vezes, não sou eu
A mulher que te espera
O puro fogo que arde em brasas, não apaga
Sob as cinzas de uma aparência
O meu desejo vive, e o meu desejo sou eu.


(Adelaide N.)

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