possuo o passaporte do infinito:
uma rosa , um canto, uma pintura,
tanto faz;inaugurar o mundo.
E tudo é abismo, e tudo é tarde
e sobre tudo cai a cinza dos poemas.
Mas a solidão não tem sentido.sabes
que na lucidez da madrugada
um amigo te entende e outro te chama
e um quer te ajudar
e o outro te convida para a jornada
e quer mostrar-te a pedreira de mil-faces,
e todos querem saber de ti, da tua bruma,
das visões inenarráveis do melancólico.
Paulo Mendes Campos.
Trecho de " Poema a Otto Lara Resende" ou "Vinte e três Agostos no coração "
parte do livro "Carta a Otto ou um Coração em Agosto".
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