Quem muda o"status quo" da vida, da linguagem?
Poetas em risco de palavra, como Manoel de Barros permitem que o verbo pegue
delírio. Acabei de ministrar um "Lavra-Palavra" com o tema caos e
cosmos. O aprendizado foi esse, provocar sismos na rigidez da palavra, da
frase, da página...Fácil? Nada disso, os sismos sacodem tudo e sempre
preferimos cada coisa em seu lugar, como o brinco na orelha, a fruta na
fruteira... E se o grilo fosse na fruteira e a fruta na orelha? Séculos de
escolas conservadoras preferem manter as palavras imexíveis, comportadas, nas
comportas protetoras de todo perigo. "Sem curis", sem medo,
gente...Seguros na certeza que nada é estático, tudo se move e se reconfigura.
Este é o dinamismo da vida, constatável no primeiro olhar em torno de nós.
Glória Kirinus
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