quinta-feira, 11 de julho de 2013


Quem muda o"status quo" da vida, da linguagem? Poetas em risco de palavra, como Manoel de Barros permitem que o verbo pegue delírio. Acabei de ministrar um "Lavra-Palavra" com o tema caos e cosmos. O aprendizado foi esse, provocar sismos na rigidez da palavra, da frase, da página...Fácil? Nada disso, os sismos sacodem tudo e sempre preferimos cada coisa em seu lugar, como o brinco na orelha, a fruta na fruteira... E se o grilo fosse na fruteira e a fruta na orelha? Séculos de escolas conservadoras preferem manter as palavras imexíveis, comportadas, nas comportas protetoras de todo perigo. "Sem curis", sem medo, gente...Seguros na certeza que nada é estático, tudo se move e se reconfigura. Este é o dinamismo da vida, constatável no primeiro olhar em torno de nós. 

Glória Kirinus

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