sábado, 10 de outubro de 2015

Júlio Alves

ela leu / eu recriei
nunca mais
vai / vamos
esquecer
daquelas coisas
que juntos colocamos vida
tempo de inventar
língua era o olho
mão dizia cheiro
paladar carnívoro
de gente viva
e se
mexendo no prato
da nossa cama
nossos corpos
servidos
e agora não somos fim
nem todo dia é banquete
mas aquele pão aquecido

tem seu valor

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