domingo, 4 de setembro de 2016

GUETO E SUAS MARCAS


Gueto virou marca
E os estremos alegoria
Quem diria,
O diverso apresenta
O inverso
Do conflito da gente
A chaga vira mito
No inferno emergente
Há horas que não acredito
O Gueto virou massa
Sentindo o espirito
Passando a doente
Vivendo na linha do risco
Até a falta de ar
Branda um grito valente
E para ironia do destino
Com discurso do oponente
O medo é o palco do oprimido
Se reparar
O Gueto virou Caça
Esquecem a estética da fome
Subservientes da moral imperialista
Não há raciocínio logico
O corpo a cólera o consome
Reprogramado no disco rígido
Pelas bancadas racistas
E seus ícones homofóbicos
O gueto vai à praça
O que acho incrível
Que dela faz guetos
De improvisadas barracas
Quem diria
Uma ferida aberta
Do fantasma impresumível

SÉRGIO CUMINO – O POETA DE AYRÁ

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