domingo, 25 de setembro de 2016

O polichinelo


O seu segredo era como o dos outros.
Seus olhos eram de vidro azul
e na boca vermelha
o riso da ironia.
O humor profundo, amargo e doloroso
vinha de sua boca;
o riso da sabedoria
e do desespero
gritava da sua boca aberta em sangue.
O riso do polichinelo
vinha do coração ausente, era uma advertência.
era apenas o riso
e falava de um mundo
maior que sua alma.
- Paulo Plínio Abreu, em "Poesia". 2ª ed., Belém: EDUFPA, 2008.

Editorial - Eduardo A. Rueda Barrera. http://ow.ly/jXJ3304wuII

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