Ando dormindo
com toda essa gente
de palavras soltas,
línguas libidinosas e
revolucionárias.
Vários ao mesmo tempo,
homens e mulheres
numa balbúrdia de versos e
uma puta
vontade de ser
contaminada pelo vírus
da inspiração e
disseminar o desejo libertário
pelas bocas
descuidadas e
corpos
anestesiados pelo medo.
Pela minha cama vários
ao mesmo tempo.
Me incendeiam e me devoram,
me beijam e me despem,
me lambem e me comem
num orgasmo de sentidos e
desejos incendiários
entre os dedos,
entrepernas
na tara
que é viver mergulhada na
poeisis da existência.
Lília Diniz.
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