Há um homem despedaçado
entre o asfalto e a terra
que se debate, pára, urra, berra
há um solo de mercenária
hipocrisia
saindo em tribos, bandos, alegorias
e o mesmo homem
continua
no chão
invisíveis olhares passasm
pagãos
transitando impunemente
enquanto o homem
que também é gente como a
gente
acaricia-se
solitário
banhando-se na sarjeta...
Lúcia Gönczy
Nenhum comentário:
Postar um comentário