não ha desejo não ha travessia
nesse atrio escuro determino
quanto deixarei de ser
liberto do nome e da agonia
não ha passado não ha presente
somente a fome desse viver
insaciado sangue q abomino
desperto coração velho e ausente
não ha esperança não ha morte
mesmo sendo eterna a direção
o corpo antigo ja não existe
não ha desesperança não ha sorte
ha somente signos em profusão
o tempo desse nada q resiste
Alberto lins Caldas
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