quarta-feira, 28 de abril de 2010

Urbi et Orbi

Entrevisões, sem verde, a minha couraça.


A rua veraz de cintura vergastada

Das síncopes, carros assassinos em zoada

Cintila tão negro o asfalto, sem jaça



Rossio pétreo; alguém a olhar...

Irrompe-te a medula, aos restos duros

Exultando faíscas dos monturos

E nuvens sobre nuvens, um respirar...



Não há moitas, sim, hidras e andrômetro.

Linfas de gêlo-gás, pisoteio-as,via por via

Entre muros, que só viadutos podem olhar



Conheces tua penitência, ó parâmetro!

Enforca-te cidade, o secular sudário

Quintessência da ilusão: visco refratário.

Tullio Stefano
Pó&Teias

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