sábado, 21 de maio de 2011

CHUVA DE VERÃO NUM MUNDO FRIO

Chuva xamânica que enche o ar

despert’um dragão! demônios...

Bate janela, quebra vidro.

E súbito: estia.



Identifico-me à tua ânsia e sina:

assim transbordo, transbueiro;

assim me calo, e ralo abaixo.



Chuva de verão em pleno maio frio.

Em pleno meio fio, minh’alma empoça.

Estanho líquido.



Sem saber porque vim,

sem saber pronde fui,

fumando ao longe,

me avisto a mim.

Mãonobolseio.

E sumo.





Igor Buys

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