Habitas meu coração: barbas de rei assírio
olhar de extensões alheias a tempo e medidas.
Tua voz tem asas de falcão e pousa
nas torres mais altas do meu ser onde jamais
me aventurei. É minha a tua solidão.
Sirvo-me em silêncio e às vezes como uma
criança me apertas em teu peito: acaricio
então tua face estranho rei.
Outras vezes ouço passos ecoando no
enlace das colunas em seteiras escadas. Se
grito teu nome – és mil ressonâncias e seu eco em mim.
Dora Ferreira da Silva
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