segunda-feira, 24 de junho de 2013

Bárbara Lia

Não-lugar. Nunca encontrei o meu lugar. Em alguns segundos durante uma vida de quase seis décadas um vento leve bateu. É aqui. E durou pouco. Um lugar de beleza. O corpo do amante mais amado. O instante relâmpago do nascimento de um filho, de todos os filhos. Um olhar. Aquela frase que te humanizou por décadas. O toque silencioso da amizade verdadeira. A poesia de ter um neto. Estes sentires que duraram nanosegundos na escala dos dias infindáveis. Não-lugar. O nome escolhido por puro vaticínio _ Estrangeira. Bárbara invasora. Vândala. Poeta.


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