Sozinho – e sem nenhum itinerário –
vou pelas ruas.
A lua grita no silêncio das vidraças,
tangendo a noite sem leme.
Já perdido de mim, sigo em busca de meus passos
e, em meio a tantos muros,
me vasculho inutilmente e insatisfeito traço
o caminho
que desfaço.
Sozinho – e sem nenhum itinerário –
sou meu rastro. E me contemplo
– Narciso morto – nas poças que a chuva deixou
entre o asfalto
e a sarjeta.
Otto Leopoldo Winck
Um comentário:
O último Nefelibata
Postar um comentário