Ainda que se possa um povo
inculto
Traçar primitivismo enquanto
tento
Com classicismo insano solto ao
vento,
De vez em quando vejo mero
vulto,
Um morto que deveras insepulto
Não tem sequer merece algum
alento,
E quando me proponho em
sofrimento,
Tentando vez por outra ser
adulto,
Negando a realidade, não
concebo
Além desta aguardente que ora
bebo,
Caminho sendo assim decerto
tétrico,
Não uso qualquer ritmo
demarcado,
O verso deve ser, pois
liberado,
Jazendo há muito tempo o que
era métrico...
meu querer, ido amor,
um dia pousou-me de lado.
no outro cantou, fez-se
ninho...
no terceiro se foi, passarinho.
paula quinaud
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