Ninguém viu, ninguém, soube:
mas sob a ponte
o poeta escreveu ontem
o seu último verso.
Ninguém viu, ninguém soube:
com cacos, com latas, com lástimas
-- mas sem lágrimas --
o poeta concluiu ontem
sua obra.
Se ode ou epopeia
ninguém sabe.
Só se sabe que é rubro
o seu ponto final.
Otto Leopoldo Winck
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