cadela que ladra ... rouba
morde
tudo quando pode
furta cores das abóbodas celestes,
celeumas dos que pescam estrelas
com seus anzóis minguantes
e suas almas crescentes
pelo céu, itinerantes.
abocanha um sol que arde
ainda que seja noite
que seja tarde
que a manhã te açoite
se esconde
atrás de tua concisa consciência
debaixo da tua aparente sonolência.
subtrai as rimas do teu destino
confunde teus passos, tuas letras
oculta teu nome
te aparta alma e corpo
dilacera tua carne feito fera
suga do teu sangue açúcar
da tua dor ela faz música
e dança em meio a teus restos
catando entre teus ossos
toda poesia possível
que a impossível
possivelmente
irá te extrair mais adiante.
Rodrigo Mebs
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