segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Estou fonema.

Estou fonema.

Estou como "vermeio"
no fino seio
se semeio mais que a sede de "mamar".

Aqui dentro existe lógica,
mesmo que mero fracasso
estou prosópica que fonema,
que sou letra iracema.

Tiara de ouro,
caminhando no touro lá vou eu,
passo plebeu, passo patrício
quem é que comeu?
Junto os pedaços
sou eu me desfaço.
Fidalgo, no dicionário
do teu armário
de ter
se quer ser
igual ao teu destino
libertino no parecer
funcionário público.

Quero dialética
mas sou quimera
pacote
de significações.

Falar é teu estigma
e minha glória
inglória.

A lógica é a psicologia dos teus pais
dos teus sais de falsidade daquilo
tranquilo que não vem a ser.
Estou aqui esperando para guerrear
aniquilar tuas fontes, teu passado
e teu jeito de ser.
Sou sincero pois não me importo
queria mesmo era a transmutação
dos valores na perfeição estética
tua mediocridade é pouca comparada
à de outros que me pagam muito razoavelmente,
o pente da inflação.

Ainda vou rever os pontos "onde sou eu estive".
Tenho dentro deles a liberdade de "sou mais".
Os preteridos "já fui" são sangue coagulado
ou hemorragia eterna, fruto e cisterna
sempiterna filologica que eu sou
neogrega, germana, dinamarquesa
abastada de dinheiro "te amamos".

Bom dia, boa tarde, boa noite,
é bom de vez em quando
pra enxugar o teu pranto
"sem saída" navalha.

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