No espetáculo certo
aperto teu ventre
contra o meu, ateu
e consumista.
Tua pista assista
embalo nazista dentro
de mim.
Hoje quero atenção
pra rever os clichês
para vocês onde música
se fazia azia
e ritmo neogrego.
Vou tentar emparelhar as coisas
Somar o ventre com cérebro dias
Entender a foice e martelo entre
as vias e paralelos da romaria.
Não há nada que uma quimera não resolva
solva
sorva
salve
eleve o pensamento ao alto da música
paralela a ela, benfazeja, ao destino
Te nino palavras para fora
para dentro refletem o ego
cego como limalha química
na mímica do tempo.
Lógica vazia de sentimento
é clichê rudimento de fala
holografa na sala de estar
fonar o ponto de encontro
Dos teus eu sou música como Deus Harmonia
Sou dois porque sou tudo e o igual sem par
Amanhã estarei metáfora elíptica nos teus
sonhos]
Imponho o meu jeito de ser...
Dentro de ti a certeza da lágrima, [que se cair]
será de certeza:
De ontem andando a pé e você no meu caminho
eu sozinho, versinho, pragmático
estático e poliglota tal qual o papel
-do agiota que observa;
-o idiota que espera;
-a noiva que se afugenta;
-se assenta o passarinho;
-na quimera das vias.
E faz seu ninho
no esvair do tempo.
Teu sonho vai deixar de ser
Quando eu não mais existir
Pode ser hoje
Mas amanhã eu volto
Sem a cara chata inchada
Para nínguém ver.
Anderson Carlos Maciel
Pó&Teias
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