quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Vendo o que se Vende

profunda ferida, fenda
esgarçada entre as pernas
da porca e manca mesa de boate.
fissura, fístula num canto da boca
do Rio de fevereiro, que te abate
no que te rouba a vida, mas não te mata.
o que não mata, que se engorde na TV,
violando a inocente violência que se vê.
que se mate esta ciência, lentamente.
que se note esta nota de loucura
soando escura e muito, muito rente.

Rodrigo Mebs
http://www.frutafarta.blogspot.com

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