Descesse a neve agreste do outono
das ruas nas areias da cidade
cansa-nos o verão e se descemos
de casa sobre os campos só das árvores
é a tranquilidade que
não dos homens
achamos
Mas se cansa o verão que vão sossego
que sossego terão injusto e falso
os homens que da neve o nome esperam e
da terra a treva fétida e as trevas
agrestes do oceano conheceram
Pedras ásperas têm semeado
na cidade
perdida vem a gente e trabalhada
das casas
onde morre
Descesse a neve
ao menos outro nome
poderíamos dar a este outono
descer das casas a olhar a água e
vir achá-la nas ruas mais parada
Quem poderá tranquilo olhar as águas
do tejo de desgraça semeadas
quem poderá amar este sossego
quem amará o fogo da paz falsa
Correrão águas limpas neste rio
onde chega hoje o sangue em vão perdido
e canção cantaremos a diversa
vida nossa e do tejo.
Gastão Cruz
lyricline.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário