Sigo largando traços, desligamentos, marcas e uma espécie de culpa por ter sempre desejado demais,amado demais, sentido demais. Atravessado domínios, cercas e extremos numa euforia de raiz, de mato, de vento que se espalha rápido como chuva de verão, absorvendo todo o conteúdo, todo o envolvimento censurável... E acorrentei toda a fantasia sem me importar e vivi, toda a beleza dos instantes, das sensações, de estar viva pulsando. Corri todos os riscos, comendo, bebendo estrelas e sóis de todos os planetas, de todo o mistério que não se determina.Tudo que flutua, numa singularidade de unicórnio com esse meu jeito vadio, inconseqüente e sonhador.Sigo largando traços e alguma coisa dentro de mim que estranha, meio selvagem, obstinada e primitiva. Fujo das ruas, guardo todas as fantasias e como flores nessa hora física que determina.Com um sentimento como de culpa, de desordem, de não aceitação, medo, ou falta de espaço. Me refugio no teto, num canto seguro, cheia de tramas, plumas e ardis...
Mara Araujo
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http://www.mara-araujo.blogspot.com/
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