quinta-feira, 11 de março de 2010

ECDISE

O tempo passou e ainda estou crescendo!

E as minhas vestes já não me servem mais...

Não preparei meu casulo, estou morrendo

Mas não queria mudar, pois éramos iguais.

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A clausura me daria vida, mas até quando?

Distante de ti sofreria e não viveria jamais...

Se tiver que morrer, prefiro morrer amando

E a minha sentença foi por te amar demais.

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Meu coração doente pedia um transplante

Eu sabia que ao teu lado encontraria a paz

Aos poucos vi você mudar seu semblante

.

E aos prantos você dizer, isso não se faz...

Vi a minha vida se perder em um instante

Mas minha alma vive! Meu corpo aqui jaz.


Flávio Reis

Do livro Olhos de Lince/A visão de um poeta.

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