Há sempre alguém na redondeza batendo com o martelo.Um conserto,uma reforma?Sei que o som de descabelada utilidade conturba minha espera.
De um telefonema de uma filha.Está em Londres, conhecendo o homem com quem se casará em maio.Maio, sempre maio, enquanto eu aqui noto que o sol consome o tapete e que minha saia se esfarinha com o injusto martelar.Quando Elena liga, contando que tem um tarado a perseguiondo no parque de "Blow Up",sou eu que me desmancho atropelada pelos fatos.Passo meu resto na memória da pele...da gengiva.
João Gilberto Noll. in Relâmpagos
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