Lingua Ferina
Andréia
Carvalho Gavita
os leões rugem
e me mergulho
na órbita daquele aviso
não entrarás
rugidos partem meu escafandro
e me sufoco
no sumo daquela euforia
e me debato
nos átomos de carbono
não acidificarás
e me respiro
entrando
sou um leão alado
no dorso
pêlo cio de archotes
lança chama,
a cabeleira neutra
imersa no vôo que me ruge
escrevo
uma vírgula
insurreta
pendente da boca do felino
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