De Mara Paulina
Arruda
Jurandir quando ouviu Clair chegar disse: mulher, que dia quente! Ele enxerga no escuro e, naquela tarde tinha uma caturrita no ombro. Não, olha gente, não tem coisa pior do que enxergar no escuro. E até, agora me lembrei, homem do céu, dum tal de Borges que viveu nas coxilhas da Argentina e depois acabou indo morar num lugar longe ,longe. Foi dar aulas para os gringos. Quem me contou isso foi minha guria que estuda letras. Imagine você, ela está na faculdade. A gente, no mínimo que pode fazer é se esforçar em dar estudo pros filhos da gente, não é mesmo? Pois outro dia ela chegou com um livro embaixo do braço, um sorriso sem tamanho, eu imaginei. Perguntamos de onde vinha aquele livro e ela disse veio da Biblioteca! E esse autor, Jorge Luis Borges a fez ficar apaixonada. Nós aqui em casa só nos olhamos, sem dizer nada por que nada era possível dizer. Então ela abriu o livro e começou a ler em voz alta O Jardim de Veredas que se Bifurcam chamando a nossa atenção para este autor. O peso do vocabulário dobrava as suas costas como se fosse um pessegueiro carregado de frutos e flor. Clair disse: Jurandir, essa nossa filha está nesse jardim, ah ela está!
Jurandir quando ouviu Clair chegar disse: mulher, que dia quente! Ele enxerga no escuro e, naquela tarde tinha uma caturrita no ombro. Não, olha gente, não tem coisa pior do que enxergar no escuro. E até, agora me lembrei, homem do céu, dum tal de Borges que viveu nas coxilhas da Argentina e depois acabou indo morar num lugar longe ,longe. Foi dar aulas para os gringos. Quem me contou isso foi minha guria que estuda letras. Imagine você, ela está na faculdade. A gente, no mínimo que pode fazer é se esforçar em dar estudo pros filhos da gente, não é mesmo? Pois outro dia ela chegou com um livro embaixo do braço, um sorriso sem tamanho, eu imaginei. Perguntamos de onde vinha aquele livro e ela disse veio da Biblioteca! E esse autor, Jorge Luis Borges a fez ficar apaixonada. Nós aqui em casa só nos olhamos, sem dizer nada por que nada era possível dizer. Então ela abriu o livro e começou a ler em voz alta O Jardim de Veredas que se Bifurcam chamando a nossa atenção para este autor. O peso do vocabulário dobrava as suas costas como se fosse um pessegueiro carregado de frutos e flor. Clair disse: Jurandir, essa nossa filha está nesse jardim, ah ela está!
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