domingo, 27 de janeiro de 2013



‎(...) amorosa sedenta, encha a boca
de lodo – oh, haste de luz no metal!
Não chega este amor à altura do seu
amor... Então, enterre-me no céu! (Marina Tsvetaieva)



Tsvetáieva pediu: Enterre-me no céu!
Sonhava viver mais perto do terrível falcão
Ansiava alturas para transformar-se em neve
E desmaiar em brancos flocos meio às crianças russas
Antes de a terrível guerra penetrar
Pele, ossos, vidas pequeninas...
Sabia Marina da dor inexorável do adeus
Sabia que ninguém deve morrer sem conhecer:
Um boneco de neve e uma cama branca de amor

Bárbara Li a

C2H2 - Musas de Acetileno

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