quinta-feira, 28 de maio de 2015

A Prisão o humo do ódio

A prisão estraçalha a razão e desconstrói o coração enterrando na merda a esperança
nas sombras que espreitam à ladrar ferozes à noite   esmagando as ruínas ossificadas da alma
A lei pesa mais que a justiça e o som de sua voz uma oração distante cortando o céu em fatias
presas na grade de uma boca sem palavras num rosto sem face.
No continente de espinhos de aço e lodo  apodrece o pergaminho dos dias exalando estórias de fundas cicatrizes de portos em chamas sem barcos para aproveitar a maré da humanidade

Wilson Roberto Nogueira

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