domingo, 17 de julho de 2011

Eu, você, eles...Dormimos em caixões lacrados,

Durante todo o trajeto da vida,

A felicidade esta localizada,

No centro da floresta negra.

Onde é escuro, frio, e a umidade,

Domina completamente todo o lugar.



Gigantescas árvores, rouba-nos o ar,

Enquanto "seres" com enormes tentáculos,

Impedem a passagem, à protege,

para que ninguém a possa tocar.



Durante todo o percurso da vida,

A sorte é lançada em um abismo,

Onde poucos se atrevem pular atrás e ir buscar.



A alma cansa, o coração se fere,

A boca lacra e os olhos cerram-se,

Na ilusão causada pelo mortal e sobrenatural,

Escuro da densa mata, conhecida como viver.



Durante todo o trajeto da vida,

Morremos um pouco, dia após dia;

Morremos pelo sorriso que não damos,

No abraço que não recebemos,.

Pelo beijo que tanto clamamos ou pelo

Que jamais sentiremos.



Um assovio, um simples estalar de dedos.

Somos feito soldados de chumbo,

Feito brinquedos, já sem uso,

Que jogados no armário esperam os anos se passarem.



Bebemos lágrimas durante toda essa caminhada,

E nos banhamos com sangue inocente todos os dias.

Do olhar que demonstrava total saber, poder...

Antagônico, fez-se medo.



Durante todo o trajeto da vida,

Guardamos segredos,

Os quais jamais serão revelados.

Eu, você, eles...

Dormimos em caixões lacrados,

Enquanto embalsamam nosso sonhos e sentimentos.

Durante todo o percurso caminhamos,

de mãos dadas como arrependimento.



No silêncio gritamos por aquilo que não fizemos,

Ou que fizemos sem ter a mínima vontade de ter feito.

Omitimos nossa covardia,

Mentimos no escuro de cada raiar do dia.

Assassinamos todo o encanto e toda a magia,

Com um simples e letal, "eu também".

Eu também te amo.

Eu também te odeio.

Eu também te quero.

Eu também te queria.



Durante toda a caminhada da vida,

Sorrimos tentando demonstrar alegria,

Enquanto a alma gritante pede socorro,

Pedindo para que não a deixe fenecer, de novo não.



Durante toda a trilha na estrada chamada vida,

Selamos a paz com salvas de tiros,

Palavras proferidas no calor da emoção.

Mentiras e verdades esvaídas do que não se sente.



Com a arrogância, a falta de pudor,

De amor, em não mais preocuparmos com a distancia.

A mesma que outrora causava a dor, de uma saudade talvez...



Choramos por sob cadáveres de nós mesmo,

E sequer percebemos,

Que morremos tentando trilhar o caminho chamado viver.

Não nos preocupamos em simplesmente aprender, a conviver

Para não adormecer, mesmo estando vivos, para uma "vida eterna".

Na terra que feito semente, recebe agente, assim, como recebe a chuva.

E nos transforma em pó, pó a esvaecer no vento da respiração sufocada,

Tragada pela morte de quem caminhou, caminhou pela vida e não aprendeu sobre

viver.

Que pena!

Luciane Macário

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