segunda-feira, 25 de julho de 2011

Noites sem estrelas...(tempo sem deuses ou anjos)

O tempo hoje é feito de aço

forjado a fogo-ferro-fundido

Lágrimas de lamas e lavas - fuligens

Os olhos da noite repousam na esfinge

A sentença – equação dos destinos



Enquanto os colibris beijam flores de plástico



Os sonhos partiram nos refrões, solos das últimas canções

Os mares se foram e com eles seus cais e seus faróis.

E os homens perdidos, em silente ruído: Rogai por nós.



A um céu ausente, de deuses dormentes, em antigos esconderijos



E sete vezes por sete luas sete vozes cavalgaram o tempo a sós

e os homens perdidos, rasgam-se em gritos: Rogai por nós.



A um céu artificial, dormente, de deuses ausentes - flácidos!

E os colibris ainda beijam as flores de plástico.



Tonho França

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