O homem esposou a máquina
e gerou um híbrido estranho
um cronômetro no peito
e um dinâno no crânio.
As hemáceas de seu sangue
são redondos algarismos
crescem cactos estatísticos
em seus abstratos jardins
Exato planejamento,
a vida do maquinomem.
Tredidam as engrenagens.
em seu íntimo ignorado,
há uma estranha prisioneira,
cujos gritos estremecem
a metálica estrutura;
há reflexos flamejantes
de uma luz imponderável
que perturbam a frieza
do blindado maquinomem.
Helena Kolody
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