terça-feira, 5 de julho de 2011

O MONSTRO DOS BUEIROS DE COPACABANA

Na noite calma, igual a tantas outras

vestida de prata, meia-calça cerzida



e novamente rasgada, batom violeta

e automóveis rorejados de néons cal-

eidoscópicos, brasinos verdes lilases;

na noite vestida de dia amarelo tenso

à porta do motel e do cine privê uma

criatura mortal se esg-

ueira se esconde, serpenteia e faísca.





[...]





Olhares ébrios, prostituídos

procuram a origem do sismo... Ora,

foi cisma.

Só pode.





As gargantas se desapertam, então, e as vozes

se soltam de novo:

em gritos gagos de gozo sem alegria arraigada

a noite segue.





Segue normalmente sem norma e lasciva até que

TECADUM!

Explode o bueiro e o monstro elétrico assoma

girando jubas vermelhas!

cuspindo chamas azuis!

deitando garras, alfanjes!...









Igor Buys




Texto completo aqui: http://bit.ly/iLKWY6

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