Na noite calma, igual a tantas outras
vestida de prata, meia-calça cerzida
e novamente rasgada, batom violeta
e automóveis rorejados de néons cal-
eidoscópicos, brasinos verdes lilases;
na noite vestida de dia amarelo tenso
à porta do motel e do cine privê uma
criatura mortal se esg-
ueira se esconde, serpenteia e faísca.
[...]
Olhares ébrios, prostituídos
procuram a origem do sismo... Ora,
foi cisma.
Só pode.
As gargantas se desapertam, então, e as vozes
se soltam de novo:
em gritos gagos de gozo sem alegria arraigada
a noite segue.
Segue normalmente sem norma e lasciva até que
TECADUM!
Explode o bueiro e o monstro elétrico assoma
girando jubas vermelhas!
cuspindo chamas azuis!
deitando garras, alfanjes!...
Igor Buys
Texto completo aqui: http://bit.ly/iLKWY6
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