sábado, 30 de julho de 2011

A minha religião

Uma visão, um grito, um destino.

Um olhar direto no horizonte.

Um alvo posto muito distante.

Uma espera longa até demais.



Às vezes, tenho medo

dos meus próprios desejos

do que eles podem me fazer.

É tão forte que não aguarda,

antes da lua se esconder,

ao seu lado, tenho que me deitar.



Criei cara, revoltas de coragem

e fui com as sombras à frente,

na sua vida, estar presente.



No olhar, a determinação.

No bolso, única foto, uma recordação.

De mãos apertadas, uma decisão.



Um sonho posto muito distante.

Uma estrada longa até demais.



Correndo noite adentro,

sentia minhas esperanças

caírem pelas esquinas.

Mas quando eu entrava em pânico,

deitava a mão sobre o meu bolso

e me arrepiava o desejo

de em seu rosto tocar

antes do sol se revelar.



Um sentimento deixado latente.

Um desejo cobiçado há muito tempo.



Um riso, um corpo, um beijo.

O sexo quente até demais.

Uma pessoa desejada,

dos pés a cabeça,

da carne a alma,

como se fosse deus,

a minha religião.



by Zi

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