quarta-feira, 13 de julho de 2011

Reverbera o verbo liquida alma

da pedra deambulando os caminhos

sonhados do lago gaguejando borbulhas

afunda sem dramas nem damas sonhando

nem dores sentindo nem alegrias

pedras sentem o vazio só no sonho das nuvens

pedra disfarce do granizo

gotejante tecido do vento

véu do dia em tempestade

dorme a revolta do lago lá no fundo

lá no fundo ainda resta uma esperança

de pescaria.

a pedra afunda sem perceber

sem querer



sem amar



sem sofrer.



Só o sol por vir



sonha Poder



fantasma falar



dar a pedra o calor



de sentir.



sou pedra



lápide apócrifa num lago deserto.





Wilson Roberto Nogueira

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