Ricardo Aleixo
sábado, 30 de novembro de 2013
Me perguntam se eu acredito em cura pela poesia. Respondo, sem o fazer
diretamente, que desconheço processo de cura que não passe pela palavra - ou,
antes, pela voz que profere a palavra que tem poder. Mas você já curou alguém
com sua poesia?, insistem. Digo, entre constrangido e intrigado com a pergunta,
que prefiro não responder, me sentindo curado, quando menos, da antiga mania de
dizer que, sim, já me curei de mim mesmo, do sujeito pretensioso que eu era
quando - por conta das minhas pesquisas no campo da performance -comecei a me
interessar pelas técnicas do sagrado, há coisa de uns vinte anos. A pessoa que
mora dentro da minha pessoa sabe que nem desse tipo de vaidade eu me curei
ainda.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário