não foi de uma vez só
foi pouco a pouco
ela era tão viva
tão bonita
tão autêntica
espalhava por aí
abraços, carícias
sonhos, cores,
beijos, fantasias
e possibilidades
não suportavam
vê-la tão leve, tão solta
tão cheia de amor
no primeiro dia
cortaram-lhe as asas
no segundo
arrancaram-lhe as cordas vocais
no terceiro
quebraram seus braços e pernas
no quarto
perfuraram-lhe os tímpanos
no quinto
furaram-lhe os olhos
no sexto
invadiram seu território
mais íntimo e mais sagrado
:
o sexo
no sétimo descansaram
agora é tarde
a liberdade está morta
Poema de BIANCA VELOSO,
Poeta gaúcha, cresceu e vive em
Florianópolis. Optometrista por profissão, mãe por opção, escritora por paixão.
É também programadora da Rádio Comunitária Campeche. Apresenta o “Sábado
Arrastão”, um programa de entrevistas com foco em música e poesia. BIANCA
VELOSO está na 59ª postagem da série AS MULHERES POETAS...
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