terça-feira, 7 de abril de 2015

APNEIA

Paulo Bentancur

Ai daquele que não sente nada
diante da morte, flor bruta contra a indiferença.
Ai daquele que não sente nada
Diante da vida, pedra em floração.
Ai daquele que não sente nada,
nada, nada, nada, nada.
Assim se afoga em tanto
e sua cinza é sua brasa.





Um comentário:

Anderson Carlos Maciel disse...

Não sentindo nada é só procurar "coisas maiores", tais como uma linguagem perita da sinestesia corporalmente válida de sensações táteis monogâmicas ao lado.

Bom dia. Amor universal e consciência cósmica solidária. Não quero sentir nada hoje, estou uma pedra colorida!