sábado, 20 de fevereiro de 2016

Lenda da Mulher Que se Vestia de Coroa de Flores e Faixas de Cemitérios em Curitiba


Nos anos setenta, em Curitiba, existia uma menina chamada Clara Bela que sonhava em carregar uma faixa de miss. Um certo dia, esta garota foi brincar no cemitério junto com sua amiga, Ziza. Então, no meio do passeio, ela disse a sua colega:
- Tenho vontade de pegar estas faixas, que fazem homenagens aos falecidos, para confeccionar uma faixa de miss para mim.
De repente, surgiu uma mulher cheia de faixas roxas de velório e com a cabeça com uma coroa de flores arrancadas dos túmulos, que disse:
- Não toque nestas faixas. Pois elas pertencem a mim e à entidade chamada Maria Malumbo do Cemitério, que eu incorporo.
De repente, Ziza gritou:
- Vamos correr, Clara Bela!
- Pois esta é a Maria do Cemitério, que pega faixas e flores dos defuntos, e depois corre atrás das crianças!
Porém, a moça gritou:
- Parem com isto!
- Pois, esta história não é verdade!
- Não me chamo Maria do Cemitério. Pois meu nome é Ivone. Minha missão é ajudar a entidade conhecida como Maria Malumbo do Cemitério. Assim, como ela, eu preciso da energia das faixas e flores das pessoas falecidas porque nelas existe uma aura de amor familiar muito grande. Minha família nunca gostou de mim. Assim, como os parentes da Maria Malumbo do Cemitério nunca admiraram esta jovem também. Ambas fomos expulsas de casa, temos como missão limpar os campos-santos para purificarmos nossas almas e entrarmos no céu. Reza a lenda que a Maria Mulambo do Cemitério não era boa o suficiente para morar no Paraíso. Mas não era tão má para entrar no Inferno. Então seu destino era vestir-se das faixas e flores que as pessoas deixavam para seus entes falecidos no cemitério. Pois esta entidade, também, vive da energia das lembranças das pessoas que já se foram. Geralmente, ela incorpora em médiuns humildes, e neste caso, a médium sou eu. Por isto me visto com faixas e flores que as pessoas deixam para seus entes queridos que não estão mais na Terra. Apesar disto tudo, nunca machuquei crianças.

Depois desta explicação, Ivone evaporou-se e as meninas saíram correndo para suas casas.

Luciana do Rocio Mallon

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