sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

POEMA DOS OITENTA ANOS


Já estás na anti-tumba,
Próximo do cais
Onde tua alma tomba
E afunda tua Nau.
Chegas aonde vem
Quem já agora vai
A esse aberto Templo
Que te acolhe Vate.
Na alma que te despe
Do próprio despojo,
O que ao fim trouxeste
Não é só teu: é de todos.

Nauro Machado

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