domingo, 6 de dezembro de 2009

Rima

Ida partida sentida erguida
memória querida garrida da "Cida".
particípia incípia caprígia parábola
alitera de "era" que era sin-cera.

Teus esconderijos são rijos como cinjo
teus destinos com frígio atino. Menino
pra dentro teu pé já fala que era leitura.
Usura da palavra nas paredes da memória.

Inglória a culpa que fala para multidões.
Sermões da montanha significam.
Estamos todos mais que intelectuais:
Somos sensuais de beira de estrada.

Triste morada apalpada em seio seco.
Em becos de estética pós-moderna,
teus filhos esperam por lágrimas de redenção.
Não hão de se fartar, orar, na igreja.

Se veja sobeja cereja qual teu sonho
doce de ser cantado em versos
ou "cantada" em prosa.
A rosa dos nossos ventos.

Teus conselhos sobraram em ensinamentos,
que são deuses das palavras.
Ao contrário não funcionava.

Nem fucionaria, no solo edificara
ara escala de notas frias.
Teus desígneos ígneos de saber
aestesia mimética dos trópicos.

Fotópticos como referência que não se fazia.
Há tua pessoa vazia como a bacia do tempo.

Empoçando dores que não sentia rima vazia
Pra ser nobre rima pobre na seara rima rara.

Não há quem não tenha a "tara" no teu
discernimento.

Anderson Carlos Maciel

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