quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Quando o silêncio só se ouvia
uma face diante o outro se esquecia
na voz muda da exclamação fechada
pesando chuva de tijolos.

Vazio amedrontador disparando sudores
das trêmulas vontades.

Ora qual o carinho de uma voz conhecida
cobrindo o sentimento com o alento de um sorriso
beijando a luz de um olhar com a palavra amor
voando para longe num afeto.

Suicídio tolo a inação que a vontade confere àquele que muito deseja.
O silêncio torna-se noite em meio ao abismo
e as palavras sombras que se ocultam nos escombros
de covardias vis
na desconstrução dos dias que não mais amanhecerão.

Era só tocar-lhe o rosto que o rosto lhe falaria as mãos.

Uma taça meio vazia meio morta

cinzas nesse papel velho

vida que voava sem jamais

ter conhecido asas

Wilson Roberto Nogueira

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