Gostosa. Despertava adormecidos gigantes por onde passeassem suas curvas de artista de cinema mudo, sua cabeleira de cachos, seu sorriso de te encontro logo mais. Passo firme, ombros retos, peitos empinados e a certeza de quem chegou pra ganhar. Tudo e todos. Uma loteria pra qualquer um que soubesse sussurrar ao pé do ouvido o abre-te sésamo daquela caverna onde todos e qualquer um era espeleólogo. Despreocupada pois que a vida nada mais era do que o descompromisso de amores tantos e tão únicos. Tão efêmeros e tão eternos.
Triste. Despertava de sonhos onde artistas de cinema, mudos gigantes, passeavam pelos cachos de sua cabeleira com sorrisos de nunca mais. Passo trôpego, ombros caídos, peitos sugados e a certeza de quem nunca chegaria. Um prêmio de consolação pra quem chegasse em último lugar naquela caverna onde todos e qualquer um era ninguém. Preocupada pois que a vida nada mais era que o descompromisso de amor nenhum. Tão efêmeros e tão eternos.
E, entre elas, apenas o espelho.
– Escritoras Suicidas
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