Da vida em comum, não nos
restou muito.
Há o riso compungido, as
lágrimas cristalizadas, os
abraços amolgados pelo
sofrimento irrestrito.
Da vida em comum, o que há
de ter renascido
Senão, quiçá, em confronto
com as gracilidades amenas
do cotidiano partilhadas,
Um resquício de grito.
Porque há de ter ficado,
Mesmo que intimidada
A vontade de gritar,
vigorosamente tudo que
outrora fora vivido
E que morre, displicentemente,
porque já nos é vago e
dolorosamente insípido.
Amanda Rosales Gonçalves Hein. RS
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