sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A INUTILIDADE DA VIOLÊNCIA



Aquele que se dirige aos povos

a mando de Tao
não comanda violência.
Toda ação armada
gera uma reação até os dentes.

Onde as armas são grandiloqüentes,
o silêncio é de morte.
A uma grande guerra a natureza responde
negando sustento a quem desceu o braço.

O bom guerreiro afia sua defesa
mas não se fia no poder da lâmina.
Se for preciso vencer,
vence como quem empata.
Se for preciso vencer,
vence e não espalha.
Se for preciso vencer,
vence e não postula medalha.
Se for preciso vencer,
vence e isso já lhe é uma derrota.
Se for preciso vencer,
vence por ser incapaz de menos.

Ao que atingiu o apogeu da montanha,
restou rolar ribanceira abaixo.
Aquele que aplaude a violência, vaia Tao.
E sobre quem vaia Tao, logo logo,
vai fogo.

Lao Tsé
Por antonio thadeu wojciechowski, alberto centurião e roberto prado


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