sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Eu ouvi, eu juro,
no Largo do Arouche
as águas do Rio Yuro

quando o mulato baiano
(canta solene Caetano)
tombou crivado de balas.
Homem, humanista
comum, comunista;
a vida de esmurrar facas
caiu sobre um banco escuro.

Gania o troar da metralha
zunidos de fumaça e aço
sobre o corpo alvo
que era um e todos
que nele morriam.
Sob fogo profano
esse mulato baiano
comum, comunista,
nascido de mãe negra,
mulher branca e Clara,
casado com a valentia
vencia seu último dia.


 
Claudio Ribeiro


-------janeiro/2013----------

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