quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O rato que rói meu rosto

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a cidade fora da duração é um ponto
a noite é imperfeita
em qualquer lugar
não só aqui na altiva gruta de Santa Maria
carregada de perfeição
numa memória singular
envolta na irrealidade

por não ter o que dizer
digo esta cidade
que está sempre dita em mim.

Edson Falcão.A fachada e os fundos. 2010. p48

Um comentário:

Anderson Carlos Maciel disse...

Muito bons poemas. Estamos no caminho de uma nova elite paralela no sentido da transcendência apolínea do verbo. As estesias são plurais, não experienciamos apenas o choro e o riso, mas também espasmos lúdicos de contemplação da forma acabada e pronta para ser "vendida" para o Brasil como alternativa ao vácuo que a Globo deixa no inconsciente formal do povo. Temos de ter visão de mercado, também. Um mercado sustentável e humano.